Queridos Companheiros LEO, há momentos na vida em que, na minha opinião,
é preciso parar, fechar os olhos e simplesmente sentir. Este é um desses momentos.
Convido a todos para que neste momento, possamos respirar fundo e permitir que a
nossa trajetória até aqui se revele em sua inteireza. Estamos diante de mais um final
de ciclo. Não o primeiro, certamente não o último. Estamos no fim de mais um Ano
Leoístico – um ciclo que, para muitos, representou desafios superados, novas
amizades, projetos concretizados e um amadurecimento que jamais poderá ser tirado
de nós.
Mas ao refletirmos sobre este momento, precisamos ir além do que vivemos
no último ano. É preciso olhar para o chão que pisamos e reconhecer que ele foi
pavimentado, com esforço e coragem, por aqueles que vieram antes de nós.
Encerramos mais um capítulo na história do Distrito LEO L D-7, e não qualquer
capítulo, mas um que completa uma história que já dura 35 anos. Quando o Distrito
LEO L D-7 nasceu, nenhuma daquelas pessoas podia imaginar, com clareza, o
quanto seus atos ecoariam ao longo do tempo. E, ainda assim, eles ousaram
começar.
E nós, como lidamos com a importância desse chamado? Hoje, o convite não
é apenas para que celebremos o que já foi feito, mas para que pensemos, com
seriedade e esperança, no que ainda precisa ser feito. Que possamos, então, fazer
deste final de ciclo um momento não apenas de encerramento, mas de renovação
consciente. Que marcas queremos deixar? Que tipo de exemplo estamos sendo? Se,
daqui a 35 anos, alguém olhar para trás, que histórias vai contar sobre nós?
O legado que deixamos não será medido apenas pelos números: quantas
campanhas realizamos, quantos associados tivemos, quantos eventos organizamos.
Ele será medido pela capacidade que tivermos de inspirar, de formar novos líderes,
de manter viva a chama da solidariedade e do serviço desinteressado.
Quando falamos em “história que não se apaga”, não estamos falando de
placas, nem de registros burocráticos. Estamos falando de um modo de ser e de estar
no mundo: de como escolhemos olhar para o outro, de como decidimos nos posicionar
diante das necessidades da nossa comunidade. Eu rogo que a nossa presença siga
sendo percebida nos sorrisos das pessoas que ajudamos, no alívio de quem recebeu
nosso apoio, no olhar esperançoso de quem, um dia, decidirá seguir os nossos
passos. O sentimento LEO que nos move é também o que nos mantém unidos,
geração após geração, e que ele continue sendo o motor das nossas ações
O tempo que vivemos hoje é raro e precioso, porque ainda está em aberto:
está em nossas mãos. Que possamos encerrar este ciclo com a serenidade de quem
sabe que entregou o seu melhor, pois assim como recebemos este Movimento das
mãos de quem veio antes, cumprimos agora a missão de passá-lo adiante –
fortalecido, renovado, preparado para os novos desafios que virão.
Nosso tempo no LEO é breve, mas pode ser determinante. Afinal, nosso
legado não é apenas uma história. É uma responsabilidade que não se apaga.
CLEO Isabelle Nied
Associada ao LEO Clube Sarandi