Em um de seus poemas, Clarice Lispector diz: “se eu fosse eu e tivesse um papel
importante para guardar, que lugar escolheria?”
“Se eu fosse eu” sempre foi um pensamento muito recorrente na minha cabeça.
Será que realmente sabemos quem nós somos? E será que se fossemos nós
mesmos, estaríamos onde estamos?
Depois de alguns anos ouvindo a vozinha da minha cabeça repetir o “se eu fosse
eu”, encontrei no Movimento esta resposta. Mas não foi em um dia exato, em uma
campanha específica ou em um evento marcante. Esse sentimento foi se
completando aos poucos, como um jardim que vai crescendo a cada flor plantada, a
cada experiência vivida.
Dentro do Movimento Leoístico, vamos conseguindo, pouco a pouco, ser muito mais
nós mesmos do que em qualquer outro lugar. Acredito que isso aconteça com todo
mundo, e comigo não foi diferente.
Cada flor desse lindo jardim vai sendo cultivada ao longo da minha trajetória no
LEO. Na primeira campanha que participei, e aprendi a fazer algodão doce, a
primeira florzinha foi plantada; Quando tive a oportunidade de criar uma campanha
do zero e auxiliar em cada passo da organização, mais uma flor; Quando fui
convidada para o meu primeiro cargo no movimento, que me desafia a cada dia e
faz com que eu cresça em todos os sentidos, mais uma florzinha; A cada lágrima de
alegria e emoção que o movimento me fez derramar (e que não foram poucas),
dezenas de flores foram surgindo e aumentando esta sensação de completude e
pertencimento.
Todos temos motivos para ser gratos, tanto no LEO quanto em qualquer outro lugar.
Por vezes, na correria de nossas vidas, não paramos para pensar em tudo que
temos para agradecer e dar valor a cada uma dessas coisas.
Quando penso neste jardim que cultivei dentro do LEO, não lembro apenas das
experiências e momentos que vivi, mas também vejo cada pessoa que me fez estar
onde estou e permanecer tentando mesmo com as adversidades, que sempre
vamos enfrentar. Vejo a pessoa que me apresentou o Clube, a minha dinda de
movimento, o presidente que me ofereceu meu primeiro cargo, os amigos que me
encorajam a nunca desistir e continuar trilhando um caminho dentro do Movimento.
Além de cultivar esse jardim, cultivo a gratidão que tenho pelos momentos, pelas
pessoas e por tudo que já vivi e ainda vou viver dentro do LEO. Essa gratidão é a
minha engrenagem para permanecer no Movimento sem esquecer do meu
propósito aqui dentro. Tudo isso vai muito além do trabalho voluntário, da liderança
e dos bons momentos vividos; é sobre nos sentirmos nós mesmos, sobre
experimentarmos a nossa melhor versão, sobre cultivarmos um jardim que cresce a
cada dia e nos preenche de gratidão por fazer parte de algo muito maior; é sobre
simplesmente ser LEO!
Assim seja!
CLEO Talia Cichin da Luz
LEO Clube São Marcos